terça-feira, 28 de janeiro de 2014

MONOPOSTOS NO BRASIL


OS PIONEIROS




DÉCADA DE 50 E 60,  NUMA ÉPOCA EM QUE OS POTENTES CARROS ESPORTES EUROPEUS (FERRARIs, MASERATTIs, LANCIAs ) E OS VELOZES HIBRIDOS MAIS CONHECIDOS POR MECANICAS CONTINENTAL ( FERRARI CORVETTE, MASERATTI CORVETTE E  ALFA ROMEO CORVETTE ) DOMINAVAM AS PISTAS BRASILEIRAS;  SURGIA NO CENÁRIO NACIONAL UMA NOVA PROPOSTA  DE CARRO DE CORRIDA  CLASSIFICADO DE MECANICA NACIONAL E POPULARMENTE CONHECIDO POR FORMULA JR.

FRUTO DO PIONERISMO DE CORAJOSOS CONSTRUTORES (TONI BIANCO, FRANCISCO ( CHICO) LANDI E JOSÉ GIMENES LOPES), ESTES FORMULAS JUNIOR ERAM CARROS DE CORRIDA  MAIS LEVES, DOTADOS DE MOTOR  TRASEIRO DE PEQUENA CILINDRADA ( CONCEPÇÃO MAIS MODERNA QUE JA VINHA SENDO ADOTADA NA EUROPA PELAS FABRICAS QUE DISPUTAVAM O CAMPEONATO MUNDIAL) AO CONTRÁRIO DOS CARROS ESPORTE E MECANICAS CONTINENTAL MAIS PESADOS  DOTADOS DE PROPULSORES DIANTEIROS DE ALTA CILINDRADA E DESEMPENHO.

INFELIZMENTE A "FORMULA JR." QUE PODERIA VIR A SER A ALTERNATIVA PARA A REALIDADE DO SUCATEAMENTO QUE JÁ VINHA OCORRENDO COM OS CARROS ESPORTE E MECANICAS CONTINETAL, NÃO TEVE OS RESULTADOS ESPERADOS.  O APOIO QUE A CATEGORIA NECESSITAVA DAS MONTADORAS AQUI NO BRASIL NÃO OCORREU, POIS A POLITICA DE MARKETING DAS MESMAS (DE OLHO NO CRESCIMENTO DO MERCADO QUE COMEÇAVA A SURGIR ) ERA IMPLEMENTAR AS CATEGORIAS DE CARROS TURISMO PARA FIRMAR SUAS MARCAS JUNTO AO PUBLICO.

A DUPLA LANDI - BIANCO  CHEGOU A CONSTRUIR DE SEIS A SETE CARROS SENDO QUE UM DELES APÓS O DESASTRE QUE VITIMOU O PILOTO CELSO LARA BARBERIS FOI TOTALMENTE DESTRUIDO PELA DUPLA E UM OUTRO SERVIU DE PLATAFORMA PARA  A CONSTRUÇÃO DO "CARCARÁ". 


PROJETO DE TONI BIANCO E DESIGN DE ANÍSIO CAMPOS - 
EXCLUSIVO PARA RECORDE DE VELOCIDADE

Estabeleceu a marca de 212,903 km/h na manhã de 29 de junho de 1966, na 
estrada que liga o Rio de Janeiro a Santos. Foi a primeira marca brasileira e sul-americana de velocidade em linha reta, de acordo com a regulamentação da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e reconhecida pela 
Confederação Brasileira de Automobilismo

UM OUTRO FORMULA JR.  CHEGOU A SER CONSTRUIDO PELAS MÃOS DE JOSÉ GIMENES LOPES E CHICO LANDI, NAS OFICINAS DA TUBULARTE .


UM FATO NÃO PODE SER NEGADO, ENQUANTO ESTES FORMULAS JR. ESTIVERAM NAS PISTAS SEMPRE DISPUTARAM DE IGUAL PARA IGUAL COM OS POTENTES MECANICAS CONTINETAL E CARROS ESPORTE  TAL COMO: 

DAVID CONTRA GOLIAS



CHICO LANDI (ESQUERDA) E TONI BIANCO COM O PROTÓTIPO DO FORMULA JR. LANDI-BIANCO NO AUTODROMO DE INTERLAGOS.


O PILOTO CHRISTIAN HEINS COM O FORMULA JR. TUBULARTE  DOTADO DE UM MOTOR PORSCHE DE 1500cc . GANHOU  NA SUA CATEGORIA MECANICA NACIONAL ATÉ 2500 CC TODAS AS CORRIDAS QUE DISPUTOU.



foto gentilmente cedida por Ruy Amaral Jr  
editor do blog História Que Vivemos  
http://www.ruiamaraljr.blogspot.com.br/ 



foto gentilmente cedida por Ruy Amaral Jr  
editor do blog História Que Vivemos  
http://www.ruiamaraljr.blogspot.com.br/ 


ACIMA NA SEQUÊNCIA DAS DUAS FOTOS,  A PARTICIPAÇÃO
DO FORMULA JR. TUBULARTE, NOS 500 KM DE INTERLAGOS
DE 1961, PILOTADO POR BUBY LOUREIRO.



FORMULA JUNIOR LANDI - BIANCO (ESTE MODELO TINHA AS ENTRADAS DE AR IGUAL AO MODELO FERRARI 156 SHARK NOSE) PILOTADO POR
LUDOVINO PEREZ JUNIOR.


LARGADA DE UMA PROVA PARA CARROS ESPORTE NO 
 CIRCUITO DE ARARAQUARA EM 1963.
NO  FORMULA JR. N.2  (DOTADO DE UM MOTOR ALFA 2000CC ) 
ESTA CHICO LANDI 
AO LADO NO FORMULA JR. N.10 (DOTADO DE MOTOR DKW 1000cc)
 ESTA O PILOTO MARIO (MARINHO) CESAR DE CAMARGO FILHO


MARIO (MARINHO) CESAR DE CAMARGO FILHO E SEU FORMULA JR. NUMA DAS CURVAS DO CIRCUITO DE ARARAQUARA ( 1963 )


MARIO (MARINHO) CESAR DE CAMARGO FILHO E SEU FORMULA JR. DANDO UM SUFOCO NUM MECANICA CONTINETAL NO RETÃO DE INTERLAGOS
 500 KM DEINTERLAGOS DE 1963





JORGE LETRY SINALIZANDO PARA BIRD CLEMENTE EM ARARAQUARA - 1961


SITUAÇÃO LAMENTÁVEL EM QUE FICOU O FORMULA JR N.2  NO ACIDENTE FATAL QUE VITIMOU O PILOTO CELSO LARA BARBERIS NOS
500 KM DE INTERLAGOS DE 1963.
UMA PERDA IRREPARÁVEL PARA O AUTOMOBILISMO BRASILEIRO. 


obs - Caso tenha sido omitido algum outro pioneiro da Formula Jr. peço desculpas ao mesmo e informe para os devidos créditos.

================

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MONOPOSTOS NO BRASIL

reedição da matéria publicada em 07/01/2010


TEMPORADAS DE 1975 e 1976

Segundo os meus registros ( pode ser que haja alguma inconsistência, pois lá se vão mais de trinta e cinco anos de memória, anotações e algumas fotos garimpadas em revistas e pastas já amareladas pelo tempo ) a “Formula Super Vê” começou a existir em São Paulo, com torneios oficiais junto a FASP somente em 1974.

Para mim, particularmente o ano de 1974 foi um ano tímido e de iniciação da categoria, apesar da experiência já adquirida em anos anteriores com a “Formula Vê”, já conhecida do público, com bagagem inclusive de categoria oficial da 10ª edição dos 500 Km de Interlagos em 1967.

Já em 1975, as equipes com esquemas mais acertados e os Srs. Preparadores com suas receitas já exaustivamente testadas no Torneio Paulista de 1974 , fazem da "Formula Super Vê", a categoria mais veloz do automobilismo brasileiro. É claro que não devemos esquecer que por trás de todo este esquema sempre existiu um forte aporte financeiro da montadora Volkswagem do Brasil, que vinha já algum tempo quebrando um antigo paradigma de nunca se envolver de competições automobilísticas, pois seu alegação era de que seus produtos não precisavam deste tipo de marketing e laboratório.

Menina dos olhos ou como se diz hoje em dia; “ a bola da vez”, a Super Vê atraiu uma grande fatia da “nata “ dos pilotos brasileiros da época, sendo inclusive em alguns casos trampolim para carreiras (algumas até muito bem sucedidas ) no Exterior.

Longe de ser um profundo conhecedor e especialista na matéria, mas sob a ótica simples de um “hiperfanauto” pelo assunto, considero que este período 75/76 foi um divisor de águas no quesito da engenharia automobilística de competição no Brasil, com o amadurecimento de importantes construtores que depois levaram esta experiência para a construção de formulas para outras categorias tais como a Formula 2 Sul Americana e a preocupação com os itens de segurança. 

Com relação a este comportamento, lembro-me que o mesmo teve o grande incentivo da Volkwagem com suas minuciosas vistorias técnicas, ameaças de punição e exclusão do Torneio e; as constantes instruções aos preparadores e construtores para sanar falhas identificadas neste setor. 

Por outro lado pela visão “deste espectador”, que já acompanhava as corridas de monopostos desde os tempos dos charutinhos com seus poderosos motores dianteiros, a Formula Super Vê com toda a sua velocidade, tecnologia e competitividade, finalmente havia chegado para preencher a lacuna deixada pela aposentadoria daquelas já anacrônicas, belas e vistosas máquinas de corrida da categoria Mecânica Continental.



Mario Pati Jr. já com o patrocinio do Automovel Clube Paulista, 
a frente de Tite Catapani com o segundo carro 
da equipe Hoollyood.

C. Dudus com Newcar da Equipe Permatex-Lonex

J.P. Chateaubriand com Kaimann da Equipe Diauto - Condugel

Alfredo Guaraná Menezes, com um dos Kaimann da Equipe Marcas Famosas.

Francisco ( Chiquinho) Lameirão , com Polar da Equipe Motoradio

Julio Caio com Heve da Equipe Ellus - Caraigá

Eduardo Celidonio com o segundo carro da Equipe Marcas Famosas.
Meu amigo ( falecido prematuramente) Marivaldo Fernandez 
liderando uma das etapas do Torneio de 1975. 
Mais atrás, vem o Amandio Ferreira.

PAPERMODEL - MINIATURAS



RETORNANDO COM  A "BRASA"  DA PINTURA, E A CAMINHO DA MECÂNICA


PICKUP VW KOMBI EIXO DUPLO E PLATAFORMA MÓVEL - ESC. 1/64  
MINIATURA JADA

RÉPLICA EM PAPEL DO VW BRASILIA COMPETIÇÃO CAT. DIV 3 - ESC. 1/64 
PROJETO E MONTAGEM "HIPERFANAUTO"

===================