reedição da matéria publicada em 07/01/2010
TEMPORADAS DE 1975 e 1976
Segundo os meus registros ( pode ser que haja alguma inconsistência, pois lá se vão mais de trinta e cinco anos de memória, anotações e algumas fotos garimpadas em revistas e pastas já amareladas pelo tempo ) a “Formula Super Vê” começou a existir em São Paulo, com torneios oficiais junto a FASP somente em 1974.
Para mim, particularmente o ano de 1974 foi um ano tímido e de iniciação da categoria, apesar da experiência já adquirida em anos anteriores com a “Formula Vê”, já conhecida do público, com bagagem inclusive de categoria oficial da 10ª edição dos 500 Km de Interlagos em 1967.
Já em 1975, as equipes com esquemas mais acertados e os Srs. Preparadores com suas receitas já exaustivamente testadas no Torneio Paulista de 1974 , fazem da "Formula Super Vê", a categoria mais veloz do automobilismo brasileiro. É claro que não devemos esquecer que por trás de todo este esquema sempre existiu um forte aporte financeiro da montadora Volkswagem do Brasil, que vinha já algum tempo quebrando um antigo paradigma de nunca se envolver de competições automobilísticas, pois seu alegação era de que seus produtos não precisavam deste tipo de marketing e laboratório.
Menina dos olhos ou como se diz hoje em dia; “ a bola da vez”, a Super Vê atraiu uma grande fatia da “nata “ dos pilotos brasileiros da época, sendo inclusive em alguns casos trampolim para carreiras (algumas até muito bem sucedidas ) no Exterior.
Longe de ser um profundo conhecedor e especialista na matéria, mas sob a ótica simples de um “hiperfanauto” pelo assunto, considero que este período 75/76 foi um divisor de águas no quesito da engenharia automobilística de competição no Brasil, com o amadurecimento de importantes construtores que depois levaram esta experiência para a construção de formulas para outras categorias tais como a Formula 2 Sul Americana e a preocupação com os itens de segurança.
Com relação a este comportamento, lembro-me que o mesmo teve o grande incentivo da Volkwagem com suas minuciosas vistorias técnicas, ameaças de punição e exclusão do Torneio e; as constantes instruções aos preparadores e construtores para sanar falhas identificadas neste setor.
Por outro lado pela visão “deste espectador”, que já acompanhava as corridas de monopostos desde os tempos dos charutinhos com seus poderosos motores dianteiros, a Formula Super Vê com toda a sua velocidade, tecnologia e competitividade, finalmente havia chegado para preencher a lacuna deixada pela aposentadoria daquelas já anacrônicas, belas e vistosas máquinas de corrida da categoria Mecânica Continental.
a frente de Tite Catapani com o segundo carro
da equipe Hoollyood.
Francisco ( Chiquinho) Lameirão , com Polar da Equipe Motoradio
Julio Caio com Heve da Equipe Ellus - Caraigá
Eduardo Celidonio com o segundo carro da Equipe Marcas Famosas.
Meu amigo ( falecido prematuramente) Marivaldo Fernandez
Julio Caio com Heve da Equipe Ellus - Caraigá
Eduardo Celidonio com o segundo carro da Equipe Marcas Famosas.
Meu amigo ( falecido prematuramente) Marivaldo Fernandez
liderando uma das etapas do Torneio de 1975.
Mais atrás, vem o Amandio Ferreira.
Ótimo Fernando!
ResponderExcluirEm primeiro lugar não consegui deixar meu comentário nos posts anteriores, mas já conversamos...depois quero deixar aqui um registro; o motor do Avallone do Marivaldo, aquele em que ele conquistou a única vitória do carro do Baixinho era preparado por meu amigo Jr Lara Campos.
Como vc pode bem ver uma grande reunião de gente querida, Marivaldo, Avallone, Jr, vc e eu comentando!!!!
Um abração!
Grande época do automobilismo brasileiro. Pouco lembrada (como tudo no Brasil) e com protagonistas de nivel internacional. Nelson Piquet saiu da super.ve, outros técnicos, construtores, e gente "do ramo" que nao existem mais deveriam ser mais lembrados e prestigiados.
ResponderExcluirFoi a melhor categoria nacional que tivemos
Samuel
O legal era ver a diversidade de construtores e seus chassi, falta isso tbém hj em dia no nosso automobilismo. Bela postagem Hiper, tu tá de parabéns!!!
ResponderExcluirBelo post, Fernando. Na época, convivi um bocado com o Amandio "Gigante" Ferreira e seu simpático pai Isidro "portuga" . Ambos tinham oficina na Afonso Brás - a do Gigante preparava os bólidos e a do Isidro era funilaria credenciada da Itaú Seguros, onde eu trabalhava. O Gigante tem oficina até hoje, na Comendador Miguel Calfat. Na época (bons tempos!) eu tinha um Maveco V8 automático, cor vinho com teto de vinil preto (muito tiõzão para o tipo de carro e meu gosto). Pedi ao Isidro para tirar o vinil e pintar o carro todo de prata, cor inédita para os Mavecos de então. O serviço demorou uns 20 dias, mas o resultado compensou...Nos finais de semana, ficávamos torcendo pelo #54...
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